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Resenha: Millennium – Os Homens que não Amavam as Mulheres

31/07/2012 18:34

 

Por: Luan Pessôa

Ah, o hype... Às vezes é tão difícil não criar expectativas com as coisas, sejam elas filmes, músicas, livros, séries... Você sempre espera alguma coisa de algo. Agora, fazer adaptações é uma coisa complicada. Uns qualificam o filme de acordo com a “taxa de fidelidade” a obra original, alguns qualificam o filme como filme, só que um filme baseado em um livro. E agora temos o novo filme de David Fincher (A Rede Social, Clube da Luta, entre outros), “Millennium – Os Homens que não Amavam as Mulheres”, baseado no primeiro livro da trilogia escrita por Stieg Larsson, e que já teve sua versão produzida na Suécia (a Suécia já adaptou todos os livros da série Millennium para o cinema), agora temos o combo duplo de pessoas falando: remake + adaptação. Todo mundo AMA criticar um remake, mas, nessa resenha vou me manter ao filme dirigido por David Fincher, não vou falar do livro de Larsson, nem da versão sueca. Não, eu não vi a versão original. :D

Então vamos nessa, crianças! Mikael Blomkvist (Daniel Craig) é um jornalista econômico determinado a restaurar a sua honra depois de ser condenado na justiça por difamação. Contratado por um dos industriais mais ricos da Suécia, Henrik Vanger (Christopher Plummer) para chegar ao fundo do desaparecimento, décadas atrás, de sua querida sobrinha Harriet – assassinada, supõe Vanger, por um dos integrantes da sua numerosa família – o jornalista se muda para uma ilha remota na costa gelada da Suécia sem a menor noção do que o aguarda. Ao mesmo tempo, Lisbeth Salander (Rooney Mara), uma investigadora genial de aparência bizarra da Milton Security, é contratada para levantar a ficha e os antecedentes de Blomkvist, uma missão que será o ponto de partida para que ela se junte a Mikael na investigação de quem matou Harriet Vanger. Embora Lisbeth tenha uma couraça que a isola do mundo que sempre a traiu, seu talento como hacker e foco singular se tornam ferramentas valiosas. Enquanto Mikael procura conversar com os lacônicos Vanger, Lisbeth trilha pelas sombras da web. Eles forjam uma confiança tênue e frágil enquanto descobrem uma série de homicídios ocorridos ao longo de décadas que os envolvem na tendência mais hedionda do crime moderno.

O filme resolve em seu segundo quarto, usar um tom muito mais forte, investido no fato da personagem de Mara, Lisbeth começa a ser obrigada a ter ~~~relações sexuais~~~ com o responsável do conselho tutelar, que administra a mesada. O filme se torna mais forte, literalmente, contendo cenas de sexo anal forçado (calma, não aparece nada, nada = penes e amigas). E depois, O filme depois, toma um rumo certo e fechado, sem possibilidades para outras teorias para o final, deixando o espectador já tendo idéia de como vai acabar e o deixa entediado, já que o final parece óbvio, não há necessidade de investir mais 50 minutos de projeção se você não inserir um elemento surpresa. Mas não, o filme conta com um ritmo incerto, um roteiro preguiçoso, que os atores tentam ajudar, e conseguem em algumas partes, mas não há nada para ajudar o trabalho deles. A edição, feita por Kirk Baxter e Angus Wall, os mesmos de A Rede Social, não ajuda em muito, deixando a sensação de que o filme dura mais que 158 minutos, o que já é muita coisa.

Mas, como tudo tem uma chance de se redimir, Fincher e a turma do Balão Mágico, no 3º ato colocam Lisbeth como protagonista, e deixa tudo mais interessante e ousado, mas aí já é tarde de mais. E no final, esse filme vai deixar quase todos decepcionados com o resultado final. Desde os fãs da série de livros, aos fãs de um bom suspense. Vamos torcer para que nas futuras sequências, que já foram confirmadas, a turma do Balão Mágico saiba se decidir, porque aqui, o resultado é somente satisfatório.

Nota: 3/5