Por: Luan Pessôa
Política é algo complicado. Acho que todos concordam com isso. Acho que vocês também concordam que a famosa frase “nem tudo é o que parece ser” também é uma verdade absurda e que ela está relacionada com a política, certo? Então, “Tudo Pelo Poder” fala disso e muito mais e com inteligência.
O filme mostra o jovem Stephen Meyers (Ryan Gosling, incrível como sempre), um dos assessores do candidato a presidência Mike Morris (George Clooney, que também é o diretor e roteirista do filme) e Meyers está nessa apenas porque acredita nos ideais de Morris, mas, sua competência chama a atenção do assessor do concorrente, Tom Duffy (Paul Giamatti) o que gera a merda toda. E ainda rola um ~romance~ entre Meyers e a estagiária Molly Stearns (Evan Rachel Wood), brigas envolvendo lealdade entre Stephen e Paul Zara (Phillip Seymour Hoffman).
O filme, dirigido por George Clooney, é bem corajoso em querer mostrar os bastidores da política desse jeito e mostrar o personagem de Ryan Gosling se corrompendo ao desenrolar da trama. No fim, vemos que tudo aquilo é um tabuleiro de xadrez, onde todos os personagens são apenas peças que podem ser descartados sem nenhum motivo, onde vemos Stephen Meyers deixar de acreditar que tudo são flores e se corromper, o que a cena onde Meyers e Morris (Gosling e Clooney, respectivamente) se encontram numa cozinha mergulhada em sombras, onde vemos muito pouco do personagem que foi nos foi apresentado.
“Tudo Pelo Poder” é um filme inteligente, intrigante, mas que pode não ter a mesma interpretação por quem exige um filme mais rápido. Mas temos aqui um time de granes atores, onde temos grandes interpretações, personagens tridimensionais e bem desenvolvidos em uma grande trama, ou devo dizer, tabuleiro de xadrez.
Nota: 5/5